Simposio de Gramática del Portugués - Lunes 6 de mayo

As dimensões do componente gramatical das línguas, em suas funções e limites. Vanda Elias

Considerando que a língua é a mais complexa das capacidades humanas e que a gramática, como um dos componentes constitutivos da língua, é indispensável ao seu estudo, porém não suficiente, uma vez que comunicamos, entendemos e nos fazemos entender não por meio de unidades linguísticas isoladas mas, sim, por meio de textos; e considerando ainda o objetivo do ensino de língua de propiciar uma percepção consciente do uso e efeito dos recursos linguísticos em nossas práticas comunicativas diárias, para que possamos processar textos de modo mais eficiente, visando a uma atuação mais crítica na sociedade, neste trabalho proponho uma discussão sobre o espaço reservado à gramática no ensino de língua, ancorada em estudos da língua e do texto situados em perspectiva sociocognitiva e interacional.

Novos problemas do Ensino de Língua Portuguesa no Brasil. Stella Maris Bortoni-Ricardo

Além dos seculares problemas que a educação brasileira enfrenta, em virtude do atraso na implantação de um sistema escolar no país, dos elevados índices de  analfabetismo desde o século XVI; das diferenças regionais e da formação precária de professores, presenciamos ainda, e paradoxalmente, novos problemas que decorrem do próprio letramento, ou seja, da leitura aligeirada e superficial de reflexões oriundas de diferentes áreas do saber, tais como a Educação; a Sociolinguística; a Linguística do Texto e outras. Nesta palestra, pretendo abordar algumas dessas ideias que ganharam foro de legitimidade, mas que considero mal compreendidas, a saber, o conceito de construtivismo na alfabetização; de relativismo cultural e linguístico na variação  morfossintática  e da pedagogia da leitura e da produção de texto.

O ensino da gramática, por quê? Perspectivas, objetivos e prioridades. Irandé Antunes

Apesar de muito já se discutir sobre 'Gramática' e seu ensino, persistem, sobretudo entre a população escolarizada, diversos equívocos em torno do que seja a 'gramática' de uma língua. Esses equívocos alimentam-se reciprocamente, numa dinâmica difícil de controlar, até porque são sustentados e continuamente fortalecidos pelas ideologias que ancoram todos os tipos de discriminação social. Nesse contexto, tem sido problemático eleger as perspectivas de análise e estudo da gramática, e, consequentemente, definir as prioridades e os respectivos objetivos. Nossa ponderação pretende reforçar o ponto de vista de todos os linguistas que propõem um estudo da língua em sua totalidade de composição e de funções, o que envolve bem mais que a análise do seu componente gramatical. As línguas existem para e na interação que estabelecem entre as pessoas. Com gramática, sempre. Mas não apenas com ela.

Por uma gramática brasileira. Marcos Bagno

El nuevo milenio en Brasil ha empezado con una producción de gramáticas preparadas por linguistas profesionales interesados en describir la lengua de los brasileños y ya no la lengua idealizada de la "grande" literatura clásica. Con ello, las "gramáticas de la lengua portuguesa" han adquirido una nueva personalidad: son gramáticas del portugués brasileño. Ahora hay que conocerlas, analisarlas y discutir sus bases teóricas y pedagógicas.